Hoje (15/02), às 17h25 pelo
horário de Verão, um asteroide de 140 mil toneladas e 60 metros de comprimento
fará um impressionante voo rasante e passará raspando em nosso planeta. Apesar
de não haver risco de colisão, a aproximação mostra os riscos a que a Terra
está submetida diariamente.
Batizada de 2012 DA14, a rocha move-se
no espaço à incrível velocidade de 28 mil km/h e caso atingisse a Terra
liberaria a mesma energia da explosão de 2.5 milhões de toneladas de TNT. Isso
equivale a 130 vezes a potência da bomba atômica que destruiu a cidade de
Hiroxima em 1945.
Em 1908, um cometa ou asteroide de
dimensões similares explodiu na atmosfera da Terra acima da região do rio
Tunguska, na Sibéria e varreu mais de 2 mil km quadrados de árvores. Esse
evento ocorreu às 07h17 da manhã e se tivesse atingido o planeta cinco horas
mais tarde destruiria por completo a cidade de São Petersburgo, na época
capital do Império Russo.
Segundo relatos da época, a luminosidade
foi tão intensa que era possível ler livros na cidade de Londres, há mais de 10
mil quilômetros de distância. Cálculos posteriores mostraram que a onda de
choque circundou a Terra por duas vezes através da atmosfera.
Modelo mostra como será a aproximação do asteroide 2012 DA14, com a
rocha passando no interior do anel onde ficam os satélites geoestacionários.
Acima, vídeo mostra a aproximação da rocha vista a partir da cidade de São
Paulo na tarde de 15 de fevereiro de 2013. (Fonte: Wikimedia Commons e Museu
Natural de São Petersburgo, Apolo11.com)
De acordo com Don Yeomans,
cientista-chefe do NEO, Laboratório de Objetos Próximos à Terra, da Nasa, caso
o asteroide 2012 DA14 atingisse a Terra produziria um efeito muito semelhante
ao evento de Tunguska.
O choque não aconteceria diretamente
contra a superfície, já que a atmosfera terrestre "frearia" a rocha.
Isso provocaria o superaquecimento do asteroide fazendo-o explodir em centenas
de fragmentos, provocando uma violenta onde de choque. Segundo Yeomans, durante
o evento de Tunguska a temperatura do ar ao redor da rocha pode ter chegado a
24 mil graus Celsius.
Na sexta-feira
A máxima aproximação do asteroide está
prevista para acontecer as 17h25 pelo horário de Brasília, quando 2012 DA14
atingirá apenas 27.700 km de altitude da superfície (34.100 km do centro da
Terra). Visto da cidade de São Paulo isso ocorrerá a cerca de 10 graus de
elevação acima do azimute 187 graus, com o céu ainda bastante claro.
Devido à grande interação gravitacional
entre a Terra e o asteroide, os programas tradicionais de astronomia como
Stellarium, Cartes du Ciel, etc, não podem prever com exatidão os momento
próximos da máxima aproximação e apenas fornecem uma estimativa das posições
esperadas.
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